Quim Barreiros

Há uns dias ia eu no metro a trabalhar. Eram sete da manhã e eu estava a ler uma revista quando, uma estação mais adiante, entrara um rapaz que estava a ouvir música.
O que me surpreendeu dele (o que nos surpreendeu a todos os que estávamos lá dentro) foi que o som da música estava muito alto.
Foi então quando começou um dos meus jogos favoritos quando estou aborrecido em qualquer sítio: tentar adivinhar o que está a ouvir a gente.
A música que ouvia resultava-me muito familiar. Era um ritmo muito conhecido. Semelhava algo latino.
Não.
Algo… pimba! Sim, mas quem podia ser?

De repente surpreendi-me quando me di conta de que eu também estava a cantar a canção.
O rapaz estava a ouvir ao Quim Barreiros! A Cabritinha, Maria e o bacalhau e todos os seus grandes sucessos! Não faltava nenhum!

O rapaz gostaria tanto do Quim Barreiros? Se calhar só era para matá-las saudades de Portugal. Ou se calhar nem sequer gostava dele. Seguramente o rapaz era alemão e tinha um amigo português que lhe disse que essa é a melhor música lusa e ele acreditou-o.

Bom, não sei, mas foi um jeito engraçado de começar a manhã. O Quim Barreiros em Londres!

(Ainda que seja pimba, gostei imenso do seu concerto em Aveiro na Semana do Enterro 2006).